Preste atenção em todos os pequenos sinais que as plantas nos dão. É por isso que certas pessoas conseguem excelentes resultados com as orquídeas. Elas percebem todas as mudanças e nuances que surgem. Cada espécie tem hábitos diferentes e crescentes necessidades de cuidados.
IMITE A NATUREZA
A chave
para o sucesso com plantas de interior é imitar as suas condições de
crescimento natural, tanto quanto possível.
As orquídeas são o que nós chamamos de 'plantas de ar', e crescem
sobre rochas ou árvores em seus habitats naturais, e tomam a maioria de seus
nutrientes e água do ar (não do solo). As plantas de interior são cultivadas em uma mistura de envasamento feitos
especificamente para as orquídeas (frequentemente contendo coisas
como casca, vermiculita, pó de xaxim, e assim por diante), para proporcionar
condições semelhantes ao que vivem.
Não utilizar solo de envasamento ou mistura recipiente que se destinam a outros tipos de plantas. Estas plantas de ar precisam de seu próprio meio de cultura especial.
Não utilizar solo de envasamento ou mistura recipiente que se destinam a outros tipos de plantas. Estas plantas de ar precisam de seu próprio meio de cultura especial.
Se você puder,
compre sua orquídea em uma loja especializada. Há muita experiência lá e você
vai obter ajuda para escolher uma boa orquídea. Examine as opções com
cuidado: não é apenas sobre flores bonitas. Olhe para os caules, folhas,
raízes e por sinais de apodrecimento, doenças ou insetos.
O que
você realmente quer saber é a condição das raízes quando você compra uma nova
planta. Alguns vendedores não vão gostar se você tentar verificar as
raízes. Eles conhecem a planta e você não. Podem estar escondendo algo. E
como podemos saber se a orquídea é boa ou ruim? Além disso, verifique onde a
orquídea é plantada. Elas são plantas de ar e não devem ser embaladas em solo
como outras plantas de casa: Isso pode levar as raízes a apodrecer. Depois
de saber que as raízes da orquídea está saudável, torna-se muito mais fácil avaliar
a planta. Folhas mostrando um verde muito escuro significa falta de luz. Se
está plantada numa terra comum, pode estar com sérios problemas.
1.
Na grande maioria, as orquídeas brasileiras são epífitas
As
orquídeas epífitas crescem presas às árvores, sem, contudo, roubar delas
quaisquer nutrientes. As raízes são usadas apenas para fixar a planta no caule
das árvores.
2.
Não colete ou adquira plantas oriundas das matas
As orquídeas já foram bastante
dilapidadas pelos mateiros e colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de
empresas produtoras de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis. Diga não às orquídeas coletadas
do mato: Se todos resolvessem
coletar orquídeas na mata, em breve não haveria mais orquídeas. Nem mata, pois
os ecossistemas são frágeis e o desaparecimento de uma espécie pode determinar
o fim de todas as demais. quem vende ou compra orqídeas retiradas
diretamente de nossas matas está cometendo um crime ambiental sobre o qual
pesam agravantes.
3.
Escolha espécies de orquídeas adaptadas à sua região
Como
as orquídeas florescem apenas uma ou duas vezes por ano, é interessante possuir
várias espécies diferentes (cujo ciclo de floração costuma ser também
diferente). Isso aumenta as chances de ter sempre alguma planta florida. Ao
escolher o que vai cultivar, dê preferência às espécies de orquídeas que
crescem na sua região. Se você mora no Ceará, confira as orquídeas que já foram catalogadas na região.
4.
Irrigação das orquídeas
Mantenha
o vaso úmido, jamais encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por excesso do
que por falta d’água. Não colocar pratinho com água debaixo do vaso, pois as
raízes poderão apodrecer. Molhe abundantemente duas ou três vezes por semana,
deixando a água escorrer totalmente. Nos outros dias, basta vaporizar as folhas
de manhã cedo ou no final da tarde, quando a planta não estiver sob o sol.
5.
Luminosidade do ambiente
Instale
suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no horário da manhã
(até as 9 horas) ou no final da tarde (depois das 16 horas). Se a planta não
tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas podem ser fixadas também no
tronco de árvores, desde que estas não tenham uma sombra muito densa, como as
mangueiras. O problema é que, quando florescerem, elas não poderão ser levadas
para dentro de casa. Aliás, é recomendável manter os vasos, o máximo possível,
na mesma posição e local.
6.
Ventilação do ambiente
As
orquídeas necessitam de locais arejados. Evite, porém, a ventilação muito
forte, que pode derrubar os vasos e danificar suas plantas.
7. Adubação das orquídeas
Utilize
um desses adubos foliares (líquidos) que se encontram na seção de jardinagem de
todos os supermercados. Adicionar algumas gotas à água com que será feita a
vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores. Procure molhar sobretudo
a parte inferior das folhas de sua orquídea, pois é aí que se encontram os
estômatos, que absorvem água e nutrientes.
8.
Pragas e doenças em orquídeas
Se as plantas forem cultivadas de
uma forma adequada, elas estarão mais resistentes a pragas e doenças. Se não
houver excesso de umidade, por exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. De
qualquer modo, previna-se. Um dos grandes inimigos do cultivo de orquídeas são
as cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem
matá-la se não forem combatidos. Quem possui poucas plantas pode catá-los, um a
um, antes que se propaguem. No caso de uma coleção maior, haverá necessidade de
apelar para os defensivos. Dê preferência às fórmulas naturais, pois os
produtos químicos industrializados costumam ser tão prejudiciais às plantas
quanto a quem as cultiva. Veja esta receita para combater as pragas com um defensivo natural.
É recomendável consultar uma pessoa que tenha experiência com produtos
naturais.
9.
Anote o nome da espécie de sua orquídea numa plaqueta
Também
é interessante atribuir-lhe um código (numérico ou alfanumérico, como queira),
para facilitar a identificação no caso de uma coleção de médio ou grande porte.
Um desafio que os orquidófilos enfrentam é memorizar o nome de suas plantas,
quase todos em Latim ou latinizados – raramente as orquídeas têm nomes
populares. Mas isto termina se tornando um excelente exercício de memória.
Desenvolva igualmente o hábito de anotar a data da floração de cada planta. Se
ela não voltar a florescer na mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um
sinal de alerta: talvez ela esteja com algum problema. Examine, então, as
condições de irrigação, luminosidade, ventilação, etc.
10.
Frequente uma associação de orquidófilos
É o local mais apropriado para trocar idéias, tirar dúvidas
sobre o cultivo de orquídeas e, de quebra, fazer novas amizades. Procure tirar
proveito do convívio com os orquidófilos mais experientes. Na grande maioria,
eles adoram repartir seus conhecimentos (conhecimentos que, aliás, serão sempre
incompletos, pois, em se tratando de orquídeas, eternamente, todos têm algo
para aprender).